A DMPL (Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido), como o próprio nome supõem, registra todas as movimentações ocorridas nas contas do patrimônio líquido de uma entidade num dado período. A DMPL foi considerada como uma Demonstração Contábil obrigatória a partir da Resolução nº 1.185/2009 do CFC. O CPC 26 também trata desta demonstração. Segue abaixo um exemplo da estrutura de uma DMPL:

Como podemos vê a DMPL traz um conjunto de lançamentos contábeis que alteram ou apenas movimentam os valores das contas do patrimônio líquido de uma entidade. Notarmos que os lançamentos permutativos, aqueles que não alteram o valor total do PL, também é registrado na DMPL. Na primeira coluna são demonstradas as descrições destes lançamentos, enquanto nas demais colunas são discriminadas as contas que compõem o PL. Já na última coluna é demonstrado o total da DMPL, este valor deve ser igual ao montante registrado no PL do Balanço Patrimonial.

Na própria DMPL encontramos uma coluna específica que exemplifica todas as movimentações na conta Lucros ou Prejuízos Acumulados. Essas movimentações também são discriminadas na DLPA (Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados) que a partir da Lei 6.404 de 1976 se tornou obrigatória para todas as companhias abertas, no entanto com o advento da Resolução 1.185/2009 do CFC, aquela mesma comentada no primeiro parágrafo, foi retirada do rol das demonstração contábeis obrigatória, pois na própria DMPL essa informação já é demonstrada.

Abaixo segue exemplo de estrutura de uma DLPA:

Vermos que essa estrutura é idêntica a trazida na DMPL, por isso a substituição feita pela resolução 1.185/2009 nas demonstrações obrigatórias. Assim, quando algum acionista ou qualquer outro usuário destas informações visualiza a DMPL ele consegue retirar dados mais completos do que conseguiria se estivesse analisando apenas a DLPA.

Por Winícius Borges